terça-feira, 11 de novembro de 2008

O jeito é Apelar




Não adianta, essa é nossa cultura, esse é nosso ponto de vista, homem quer sexo, mulher quer se sentir mais “gostosa”, ótimo, vendemos sexo para os homens, mostrando mulheres gostosas, elas não se importarão tanto, e tentarão a todo custo chegar ao estereotipo de mulher perfeita, claro, com muita maquiagem, photoshop e implantes modernos... Mas, Chega-se lá.

No entanto, para regularizar a situação a Câmara analisa restrições à difusão de imagens de nudez na programação e nas inserções publicitárias na televisão.

Projeto de Lei 5914/05, do deputado Gilberto Nascimento (PMDB-SP), abrange tanto os canais abertos como os por assinatura. O projeto proíbe a associação da nudez, ou de sua sugestão, ao patrocínio de programas, ao merchandising (propaganda subliminar) e à propaganda de produtos, serviços ou ações de qualquer natureza. A exposição da nudez fica limitada ao horário entre as 23 e as 4 horas.

Enquanto não passa de uma brincadeira, e uma forma de chamar a atenção, ta tudo tranqüilo... O problema é quando o anunciante erra na mão, e apela demais... O risco é de seu produto ficar exposto negativamente ou pior ainda, de receber um processo da sociedade por danos morais.

O que não da pra levar em consideração é os pensamentos conservadores, pois também levar ao pé da letra que não de pode usar simbologia sexual, seria a mesma coisa que proibir os brasileiros de pensarem “NAQUILO”.

Em publicação no portal dos administradores, circulou no útimo dia 3, um artigo sobre, Marketing Apelativo, vale a pena conferir a opinião de quem sabe do assunto:


VALE TUDO para vender... Para tal, usa-se apelos como os humorísticos, os racionais, os emocionais, os morais e, finalmente, os sexuais.


“Segundo Martin Petroll, mestre em Administração que pesquisa a questão do apelo sexual no marketing é importante considerar os apelos sexuais como sendo mensagens sexualmente apelativas utilizadas para sugerir ao consumidor que a aquisição e uso de determinado produto farão com que ele fique mais atraente e sensual perante os outros.

Um estudioso da área de marketing, chamado Tom Reichert, traz cinco classificações para os conceitos de apelo sexual em marketing: exibição do corpo, comportamento e linguagem sexual, fatores contextuais, referências sexuais e formas subliminares. Todas elas se referem às formas como a propaganda persuade o consumidor, ou seja, a quantidade ou o estilo de roupa utilizada pelo modelo na propaganda, o local de gravação, etc.

“Se você for assistir a um programa de TV ou ler uma revista, perceberá que normalmente os corpos utilizados nas propagandas pertencem a modelos atrativos fisicamente e vestindo roupas que acentuam suas qualidades físicas. Ou seja, vale a máxima: o que é bonito é para se mostrar”, afirma Martin.

Segundo Petroll, empresas como a Duloren, Calvin Klein, Axe, entre outras, utilizam muito esses apelos para atrair os consumidores. “Um exemplo clássico de apelos sexuais numa propaganda data dos anos 80, quando a Calvin Klein veiculou a então desconhecida modelo Brooke Shields utilizando jeans e a seguinte pergunta: “Você quer saber o que existe entre
mim e a minha Calvins? Nada”. O impacto da frase de duplo sentido foi enorme, graças também a alguns fatores contextuais, como o movimento de câmera, que vagarosamente trilhava verticalmente o corpo da modelo”, explica

Outros exemplos clássicos são os comerciais de bebidas alcoólicas no Brasil, como ocorria com mais força há uns anos atrás, mas que, por determinação do CONAR, seu uso foi restringido. Porém, continua a ligação entre cerveja e loira, sendo que os conceitos atualmente até se difundem.

O apelo sexual atrai a atenção do consumidor, principalmente quando se utiliza de modelos do gênero oposto ao do consumidor. “As propagandas com apelo sexual intenso aumentam a intenção de compra do produto anunciado. Ou seja, o homem, ao ler um anúncio veiculando um modelo do sexo feminino, teve uma intenção maior de comprar a marca anunciada do que quando foi exposto a um modelo do sexo masculino. E vice-versa. Esse resultado também é interessante por comprovar teoricamente que o homem é persuadido mais facilmente quando a marca está exposta por uma mulher na propaganda e vice-versa”, ressalta Martin.

Petroll afirma que não há dados concretos que confirmem que esses argumentos de marketing trazem resultados expressivos às empresas. “Acredito que os apelos sexuais ajudam, e muito, nas vendas dos produtos. Se não fosse esse o caso, não haveria tantas propagandas sexualmente apelativas. Porém, ressalto que é imprescindível que o profissional de marketing ou publicitário não exagere. Isso porque, em alguns casos, os apelos sexuais inseridos na propaganda fazem com que o consumidor sinta-a como sendo, de certa forma, anti-ética. E isso pode prejudicar a imagem do anunciante. Portanto, é interessante que o profissional conheça o seu público-alvo e saiba se e até onde pode ir com os apelos sexuais”, alerta.

O apelo sexual refere-se normalmente à comunicação. Isso porque, para se sentir sensual e atraente, as pessoas necessitam, principalmente, da aprovação das demais. Dessa forma, o apelo sexual está muito ligado à comunicação. E a comunicação não é feita somente na propaganda. Ela é feita também sob diversas formas, seja no trabalho profissional, seja no ambiente pessoal e familiar.


Fonte:http://www.administradores.com.br/noticias/propagandas_apelativas_atraem_a_atencao_do_consumidor/18450/

http://www.direito2.com.br/acam/2005/dez/2/projeto-restringe-cenas-de-nudez-na-televisao

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